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  • Pedro Kiss

RESENHA - EQUALS (OU QUANDO TE CONHECI)

Misturando todos os filmes de ficção científica que falam sobre uma reorganização mundial pós o mundo quase deixar existir, Equals ou Quando Te Conheci, é um daqueles filmes tem atores famosos, já estreou, mas você provavelmente não assistiu. Eu não sei explicar o porquê desse longa ser tão desconhecido, já que apesar dos clichês, funciona muito bem.

Ele é mais um filme trazendo aqueles traços que são tão usados no gênero, como muitos tons de branco, tecnologia invasiva e o controle das escolhas humanas, talvez por esse ser um dos maiores menos da sociedade. Nesse filme vemos uma humanidade que após diversas guerras encontra um meio de sobreviver: ela retira os desejos e os sentimentos dos humanos, que serão conduzidos apenas pela racionalidade. Quem diria que Kristen Stewart iria ter o tipo de papel que nasceu para ela: uma humana sem muitas expressões.

O filme soa como uma daquelas ficções científicas mais populares, com o tema romance e sem muitas novidades, bem trabalhado no clichê de filme romântico, mas são seus detalhes que torna a obra boa. Primeiro de tudo temos uma ótima paleta de cores, o branco representa essa humanidade sem nenhum sentimento, sendo conduzida como gado e conforme os sentimentos vão nascendo dentro dos personagens de Kristen e Nicholas Hoult, outras cores vão surgindo em seu corpo, como tons roxeados e avermelhados, além das sombras serem muito bem usadas quando os personagens demonstram medo e indecisão. Talvez tenha sido mera coincidência, mas prefiro crer que não.

Outro ponto bom desse filme é a abertura que ele dá para filosofar sobre o ser humano querer viver sem sentimento algum e como isso pode ser chamado de vida, afinal, o bom de viver é sentir. Sem contar, a delicadeza que os atores demonstram quando os personagens vão conhecendo o toque, o beijo e o amor pela primeira vez e como isso é bonito e ao mesmo tempo doloroso, causando transtornos e confusões.

Equals é o tipo de filme que pode ser visto sem pretensão alguma, mas que conquista facilmente tendo alguns traços Shakespearianos, lembrando até a história do amor proibido de Romeo e Julieta, unindo o clássico ao moderno de forma bem rasa, mas com uma funcionalidade real.

Não há um motivo aparente para Equals ou Quanto Te Conheci (que aliás, é um dos poucos títulos nacionais que faz um pouco de sentido e soa até que poético) ficar tão nas sombras. Ele facilmente seria vendido para diversos públicos em uma tela de cinema, mas ainda dá tempo de você assistir e se divertir.

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