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  • Pedro Kiss

UMA PERDA DE TEMPO CHAMADA: SWISS ARMY MAN


Em certos momentos da vida, eu só desejava que o eterno bruxinho que falava a língua das cobras nunca tivesse crescido ou então que parasse de fazer filme ruim. Os últimos filmes de Daniel Radcliffe parecem ser propositalmente ruins ou estranhos para quebrar a fama que tem e se tornar o “famoso esquecido”. Swiss Army Man ou Um Cadáver para Sobreviver é mais um filme que eu me pergunto: porque eu perdi tempo com você, Daniel?

Hank (Paul Dano) é um daqueles “losers” que o cinema ama colocar como coitado na maioria dos seus filmes sem criatividade ou em aqueles onde ele vai acabar encontrando a sua “Manic Pixie Dream Girl” e isso mudará sua vida para sempre. Mas aqui, a Manic Pixie Dream Girl é um corpo de um homem morto, que aparece do nada na frente do personagem um pouco antes dele quase cometer suicídio. Além de ser um morto, o corpo está expelindo gases, como qualquer corpo que está se decompondo. Mas a forma exagerada (ou lírica) faz parecer que o roteiro foi escrito por meninos pré-adolescentes que dão risada quando a palavra pênis é dita em um ambiente público, desses que amam introduzir peidos em qualquer cena, só para soar engraçado. O absurdo é tanto que o personagem usa o corpo que solta inconstante gases como um tipo de Jet-sky.

Como eu disse, parece uma piada de mal gosto que poderia ser facilmente esquecida se fosse usada apenas no começo do filme, mas não, ela se repete até a sua última cena e consegue trazer outras piadas piores que essa. O lado bom é que por Daniel interpretar um morto ele quase não fala, mas quando se põe a falar, parece ser um garoto bobo que teve um AVC, longe de parecer um morto que está “voltando” a vida.

Se não bastasse tudo, Hank vive um amor platônico por uma desconhecida que ele segue nas redes sociais. Ele fere a privacidade dela, tirando fotos sem permissão e ainda se acha no direito de achar normal “estar apaixonado” por ela. É grotesco, machista e não pense que é o politicamente correto falando alto, só tente imaginar alguém tirando fotos suas sem permissão e colocando de imagem de fundo do celular.

O filme tenta captar aqueles espírito indie de ser, do tipo que alguns admiradores da obra possam querer argumentar que “o filme quis fazer uma metáfora sobre a diferença entre viver e apenas estar vivo ou até sobre o autoconhecimento” mas não, é apenas uma trama que abusa do humor negro para tentar ser cult, alternativo e surreal, mas peca tanto que é difícil achar os pontos que acerta. Se eu pudesse “desver” um filme, essa seria a minha primeira opção.

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