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Pedro Kiss

RESENHA – A GAROTA NO TREM

A sensualidade e o suspense sempre brincaram juntos, acontece que a maioria das vezes que isso acontece, resulta em uma coisa: morte. A Garota no Trem te pede para olhar duas vezes antes de dizer que tem certeza e acima de tudo não julgar sem se aprofundar ou conhcecer melhor alguém, as aparências realmente enganam.

Emily Blunt está um porre nesse filme, mas isso é claramente proposital, já que a mesma interpreta uma mulher que está depressiva após virar alcoolotra e ver o seu mundo seguro, desmoronar. Toda sua mágoa contida, seu drama por sofrer de um vício tão dificil de largar e sua solidão torna a trama pesada, sufocante e até atrapalha um pouco seu primeiro ato, deixando o filme muito devagar. É perceptível que o filme se enrola muito no começo, com diversos personagens sem muito espaço e diálogos desnecessários, tornando essa primeira parte vazia e sem nenhum protagonismo de peso.

Outro problema são seus cortes para os flashbacks, que te deixam um pouco perdido e não se sabe se foi problema na tradução ou se foi realmente confuso. Em diversos momentos aparece na tela: "Sexta passada”, “Mês Passado”, “Dois Dias Antes". Mas, não se estabelece de que momento exatamente é o tal flashback, por exemplo: "dez dias antes", mas antes de quando exatamente? Do assassinato ou do momento que o filme é cortado? E isso fica se repetinto diversas vezes até cansar.

Alguns pontos positivos que o filme trabalha é essa parte dos seus protagonistas parecerem uma coisa que não são, uma é chamada "puta", a outra é a santa dona de casa e a outra é a alcoólatra sem futuro. Ainda temos o marido exemplar, o marido ciumento e por ai vai. Isso faz com que o público vá julgando tais personagens pelos seus estereótipos ditos e do nada tudo se quebra, surpreendendo, mostrando que nós não conhecemos ninguém de verdade, apenas sabemos o que as pessoas querem nos passar e isso é muito perigoso. Com isso, vemos toda a sedução que o começo do filme vende se tornando algo nojento até se tornar repulsivo. É mais ou menos quando essa reviravolta começa a acontecer que o filme consegue recuperar o folego e mostrar para que veio. Seu final é intenso, reconfortante e surpreendente. Fazendo com que a personagem de Emily consiga recuperar seu protagonismo. Apesar desses erros e personagens mal encaixados na trama, que fazem atores de peso se perderem (como Luke Evans, Allison Janney e Lisa Kudrow que parecem pertencer ao filme, além de Laura Prepon, que simplesmente SOME sem nenhuma explicação) o longa tem um desfecho que salva a trama, fazendo o tempo de produção valer a pena.

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