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  • Pedro Kiss

RESENHA - DOUTOR ESTRANHO


Como ainda não cansamos da Marvel? Mesmos os mais fiéis fãs de quadrinhos devem concordar que ela está bem perto de cair na mesmice. Em geral seus últimos filmes pecaram bastante, não houve nenhuma surpresa. Desde o primeiro segundo que eu sentei no cinema, já sabia o que esperar, já que o que não foi entregue pelos trailers antes não era nada demais. Mas, eis que a Marvel volta e mostra que pode mudar seu tom se quiser e acompanhar um pouco do que tem rolado na Netflix, assim temos Doutor Estranho: um misto de esquisitice com o heroísmo comum da Marvel, mas de forma amadurecida.

Uma coisa era certa, não dava para falar de um dos heróis (não sei bem se ele entra como herói) que mais foge dos padrões, de forma comum. Seria trágico, provavelmente a Marvel maquiaria a história de uma forma engraçada e nós, público fiel desse tipo de filme, aceitaríamos facilmente, mas esqueceríamos mais fácil ainda. Foi então que ela percebeu que poderia trabalhar o seu melhor e extrapolar todos os limites nesse filme: no visual, é claro.

Longe de tentar querer um vilão superpoderoso que tenha um motivo de verdade, aqui vimos que ela investiu pesado em seu design. Doutor Estranho tem cenas INSANAS, dignas de bater palma, é uma verdadeira viagem transcendental ao lado mais psicodélico de um super-herói. Todas suas cores impressionam qualquer cético da Marvel e especificamente as cenas em que ele fica “fora do corpo” passam realmente a sensação de ter um espirito ali.

Além disso, o filme não poderia falhar com esse HOMÃO DA P@R$A Benedict Cumberbatch atuando como uma mistura de Sherlock com Tony Stark, alcançando uma personalidade própria e irritante, mas não ao ponto de nos tirar do sério, como aconteceu diversas vezes com Stark.

Se o roteiro deixa alguns furos e soluções fáceis demais, como é comum na Marvel, o número de atores bons faz com que nós nos esquecemos disso rápido. Você, com certeza, só vai lembrar de Tilda Swinton atuando com uma leveza sobre humana, ao lado de Rachel McAdams, Chiwetel Ejiofor, Benedict Wong (podia ter tido mais tempo em tela, incrível e carismático) e Mads Mikkelsen. Os atores deixam o filme sério e o colocam em outro patamar.

Doutor Estranho não é o melhor filme da Marvel, mas com certeza é mais sério e entretém mais que qualquer Guerra Civil. Essa é a maior prova de que se ela quiser, a Marvel pode sim fazer filmes que serão levados a sério.

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