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  • Pedro Kiss

FILME PRODUZIDO PELA NETFLIX PARA OS CINEMAS, 'O ROUBO DA TAÇA' INOVA


Se você não sabe direito uma das histórias mais famosas e vergonhosas que o Brasil passou, provavelmente vai achar que se trata de uma parodia ou uma historia alternativa como Bastardos inglórios. Mas não, quando se trata da história do roubo da taça Julie Rimet, nós realmente assinamos o atestado de idiotas e tombamos o jeitinho brasileiro como patrimônio histórico do país. É curioso como mal temos filmes sobre uma das histórias mais cômicas do nosso país. Antes desta, tínhamos apenas uma versão bem ruim do Casseta e Planeta.

Mas, neste filme, já temos um diferencial MUITO grande, ele é produzido junto a NETFLIX. Isso mesmo, imagine a alegria de entrar no cinema e ver o logo da Netflix bem grande estampado na tela, talvez seja o começo de um novo tipo de produção no cinema, esperamos que sim. Só por isso, já temos noção do cuidado maior que o filme terá com a trama, fotografia, jogos de câmeras e atuação. E, mais uma vez, ela mostra que não está para fazer coisa meia boca não.

Aqui temos uma trama engraçadíssima que mostra a sujeira do Brasil em 1983, junto a jeitinho e o poder abusivo e da policia no final da ditadura militar. Nessa história real, temos mais realidade em mostrar que ninguém presta e ninguém é mocinho. Por baixo dos panos, todo mundo vai jogar um jogo ilegal junto, bandido, aliciador, malandro e policia. E quando se trata de um roubo que só faltava ter uma placa “me roube”, a história tem mais pano para a comédia ainda.

A trama é bem engraçada, jogada e os seus atores se demonstram muito a vontade, principalmente Paulo Tiefenthaler, que eu já admirava pela sua atuação e o seu jeito jogadão de ser que combina muito com a trama, principalmente por mostrar o lado brasileiro de ser. Ele entrega ótimas piadas e praticamente tudo que te diverte vem dele. Além dele, temos a belíssima Tais Araújo que manda muito na atuação e Milhem Cortaz que nasceu para atuar como policial, Stepan Nercessian e o MITO Mr Catra, que quem diria, atua muito bem!

O diretor Caíto Ortiz mostra um jogo de câmeras muito detalhado e muito diferente do que estamos acostumados a ver em filmes de comédia como este. Mas é um pouco triste que mais ou menos no final da história, o filme perca um pouco o tom que tinha construído desde o começo, parece que ele desanima do nada, é complicado. Porém nem por isso o filme deixa de ser divertido do inicio ao fim, nessa fabula que não sabemos até hoje se realmente é uma fabula ou a verdadeira história patética do Brasil.

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