Um truque de mágica se divide em dois atos. O primeiro é quando ele é executado e você fica surpreso com tamanha “magia”. O segundo é quando você se afasta do momento e começa a analisar detalhadamente tudo, para descobrir como o truque funciona e fica um pouco desanimado, pois acaba chegando a conclusão de que era um truque e não mágica. A sequencia de Truque de Mestre é basicamente isso, animado a primeira vista e conturbado quando dissecado.
A certeza é uma só: Mark Ruffalo continua correndo sem parar. Com a mudança de direção o filme não segurou o tranco, enquanto o primeiro tratava da mágica em si, este segue parecendo um filme de espionagem pesado, mais interessado em mostrar a sociedade secreta do que os truques realizados por eles.
Mas ele é bom! Diverte muito, te deixa nervoso e bem impactado. Traz Mark Ruffalo de coadjuvante para o ator principal, o que deixa melhor ainda, já que qualquer coisa com Mark é bom (crush de admiração eterno). Ele tem um tom mais leve e isso funciona muito bem, como se nem eles se levassem a sério, mostrando mais uma vez as diferenças de um filme para outro. Isso faz com que qualquer um possa ver a sequencia sem necessariamente ter visto o primeiro filme, tudo fica muito explicadinho e claro.
Uma coisa que incomoda são os novos atores inseridos. Primeiro temos Daniel Radcliffe que ,pelo jeito, não convence vivendo qualquer outro personagem que não seja o Harry Potter. É difícil, estamos tentando, mas estou quase concluído que ele deu sorte em HP e é um ator bem fraco. Outro ponto é a troca de atrizes. Sai Isla Fisher e entra Lizzy Caplan, que apesar de ser uma ótima atriz, fica de escanteio e não se encaixa muito no buraco que Isla deixou após ter construído uma boa personagem. Sem contar que foi usada uma desculpa muito mal feita e que passa tão rápido que nem dá para perceber.
De qualquer jeito, o filme em bons efeitos, funciona como um filme de entretenimento e a desenvoltura do grupo continua muito boa, dando ponto alto para Woody Harrelson interpretando duas vezes melhor.
