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  • Pedro Kiss

RESENHA - CARISMA DE BILL MURRAY SALVA O FILME ROCK EM CAPUL


Enquanto o mundo espera pelo filme de gosto duvidoso baseado em um jogo X, uma outra estreia em poucas salas de cinema, para variar. Mas, por sorte, algumas salas ainda dão espaço para o público descobrir se um filme é bom ou não e é por isso que alguns cinemas estão passando essa estreia da semana que traz o carismático Bill Murray entrando em uma fria no Afeganistão. O mais assustador: é história verdadeira.

Bill Murray é um dos atores que mais me deixa “confortável” ao ver um filme. É uma sensação engraçada, provavelmente por causa do seu carisma, porque em atuação, temos de assumir que ele faz o mesmo papel desde 1980 né. Nesse novo filme a coisa não muda muito. Ele faz o mesmo canastrão que tenta ganhar a vida, coisa que funciona mais uma vez. É oficial, enquanto existir personagens canastrões, Bill estará lá.

Mas isso é bom, pois muitas vezes ele consegue segurar vários filmes, como nesse caso, que a trama parece se dividir em dois: primeira parte é pesada e o Bill é um alivio diante de tanto terror REAL, mostrando a monstruosidade do ser humano e a outra metade é mais leve, mais engraçada, mais gostosa e tudo mais, enquanto o personagem de Bill se leva mais a sério e constrói um arco legal e faz o filme que eu queria ver desde o começo.

As vezes só queremos ir ao cinema para descansar, fugir um pouco da ideia de que o mundo é realmente ruim e brincar com a realidade é uma ótima forma. Porém, quando Rock em Cabul tenta mostrar o lado da guerra no Afeganistão, aparece uma realidade densa, sem liberdade e muito violenta, que te faz (ou pelo menos me fez) deslocar a sua mente para pensamentos ruins e egoístas.

O bom do seu segundo ato é que mostra um filme gostosinho e real, muito ligado com a grande causa feminista, outro ponto bom. Criamos um carisma muito grande pela Kate Hudson que está com uma personagem muito bem construída e temo em dizer que damos mais risadas com ela do que com Bill. Mas ao todo, tudo é muito simples com toques indies para contar uma história séria, importante para as mulheres em um país machista que é lá (aqui não foge muito). Tudo no filme não se deve levar muito a sério, é o típico filme de puro entretenimento, mas que ajuda a construir mais tijolos para o grande muro da fama de Bill Murray.

Temos também, o mais novo queridinho dos filmes indie, Bruce Willis, que fica um pouco perdido na trama, mas não tanto quanto a (maior crush de todos os tempos) Zooey Deschannel, que faz um papel curto e desnecessário para uma atriz como ela. Mas adivinhem? Ela está no primeiro ato. Inexplicavelmente, existe uma química e carisma que salva muito o filme. E se for para fugir um pouco desses filmes feitos 100% em CGI, vendo filmes mais REAIS, essa é a dica.

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