Não é fácil falar sobre um documentário, não tem a mesma pegada de um filme, e dificilmente prende a atenção de qualquer um, é preciso querer ver um documentário para prestar atenção em seu real significado.
Mas a verdade é que O começo da vida é um dos documentários mais sinceros que eu já assisti, por um simples motivo: crianças. Tem coisa mais sincera do que ver crianças agindo de forma natural, rindo, fazendo palhaçada e tornando o objetivo do documentário completo, que é mostrar as diversas formas de maternidade e paternidade. O tema tenta alcançar a maioria dos tipos de família, sem forçar qualquer barra, tratando de forma natural ciclos familiares que não eram naturais e hoje deveriam já ser comum.
O documentário é um verdadeiro tapa na cara da sociedade que ainda é preconceituosa e trata a mãe como a cuidadora máster dos filhos, mostrando que um verdadeiro pai não “ajuda” porque ter e cuidar de um filho é também uma responsabilidade dele.
Ele consegue te conduzir pelo filme sem se perder ou confundir, pelo contrário, você cada vez mais vai se emocionando, rindo, chorando e mostrando as crianças como grandes objetos de estudo e aprendizado, com teses cientificas e também do cotidiano sem nenhuma base além do dia a dia.
Por fim, a mensagem é simples mas é grande e linda: quando adultos tem filhos, eles tem muito mais que aprender e ouvir com a mente pura das crianças do que o contrário. Damos tanta atenção para a vida adulta, que já possui uma mente poluída e induzida, que nos esquecemos do valor dos pequenos perante o mundo. Talvez se ouvíssemos mais eles, não teríamos tantos problemas sociais quanto temos.