Netflix deveria me contratar? Deveria sim, já que aqui estou eu novamente, escrevendo sobre uma série dela. E dessa vez é “Três é Demais” que agora em nome gringo virou “Fuller House”, mais ou menos o que rolou com o nosso querido Caco que virou Kermit. Nossa infância caindo pelos pés. De qualquer jeito, sendo Fuller House ou Três é Demais, você provavelmente já deve ter visto ou deve conhecer. Eles entraram nessa onda nostálgica que todo mundo tá gostando (ou talvez seja porque ninguém tem mais ideias do que fazer) e resolveram trazer essa série de volta. Bom, eu assisti.
Sim. Eu gostei. Mas quando comecei a ver, tive a sensação de ter sido enganado pelo marketing (ótimo marketing que pode me contratar inclusive, clica aqui e vai para o meu portfólio netflix). Isto porque sempre eu via os trailers, as chamadas, as entrevistas e tudo mais relacionado a essa nova temporada, com tudo me fazendo crer que seria uma nova temporada da família TODA reunida em todos os episódios, mas não foi bem assim né? Esse ponto me fez pensar duas vezes se eu continuaria vendo ou não, já que para mim, pouco importava as filhas, a graça sempre foi (o tio Joey) os três caras estranhos tentando viver em conjunto apesar de suas diferenças.
Por outro lado, achei bem bacana essa ideia deles de pegar o mesmo conceito da série, mas passar ele para a próxima geração, mesmo que as atrizes não segurem tanto o peso de continuarem um “legado” de uma ótima série de comédia. Sinceramente, Candace não me convence, muito menos quando tentam mostrar que a DJ é a mais responsável da casa, quando o peso de uma boa atuação das outras duas atrizes faz com que pareça que na verdade ela é uma grande perdida pedindo socorro. Jodie, que seria a nova “Tio Jesse”, é a que passa mais tranquilidade e sinceridade atuando e acaba passando de irmã inconsequente para a real cabeça da casa.
É indiscutível que a melhor coisa dessa temporada não é nenhuma das moças, nenhum dos tios e sim Elias Harger, o Max. Seu carisma junto com sua ótima atuação é o ponto alto da série, sendo o maior e melhor alívio cômico, muito melhor até que as próprias crianças originais, já que ele atua com uma sutileza incrível, dando até vontade de adotar.
Mas por fim, Fuller House não é aquela série que vicia. Isso por causa dessa falta de protagonismo das meninas, pela falta da família e as piadas que não funcionam, não por serem fracas, mas justamente pela atuação não convincente. E pior, a série dá uma sensação de que tenta criar uma nova visão da história, mas ao mesmo tempo não quer largar o osso do passado. Assim fica difícil. É o tipo de série para assistir tranquilo de forma descompromissada, pós almoço ou naquele domingo de manhã com seu mingau, que você vai se divertir.