Semana passada estreou o filme “Alice Através do Espelho”, sequência da última tentativa de trazer a menina Alice para um filme live action. De longe é o pior filme que eu vi este ano. Sorte que a Disney é uma empresa inteligente e consegue lançar filmes maravilhosos como o novo Mogli e depois lançar um tão ruim como este, no mesmo semestre. E eu até poderia trazer uma crítica de uma forma normal, mas fica muito mais leve falar mal de algo por meio de listas:
1 - Rainha Branca sob efeitos de drogas pesadas.
Eu tenho um eterno crush pela atriz Anne Hathaway e deveria protegê-la, mas não dá para fazer isso sempre, principalmente em seu papel como a Rainha Branca. Se ela já incomodava no primeiro filme, nesse ela vive em um mundo além das maravilhas. A sensação que dá vendo a atuação de Anne é que ela foi atuar sob efeito de LSD em noventa por centro do filme, pois ela anda com os braços para cima como uma irritante fada exagerada de um filme bem B.
2 – Excesso de efeitos especiais.
O CGI é um grande amigo dos filmes que querem contar histórias mais fantasiosas. Com certeza ele é útil para muitas coisas, assim como tomar uma cerveja as vezes é relaxante, mas o exagero de ambas pode dar uma bela ressaca e canseira. O filme é lindo, tudo é muito bonito e você até consegue crer naquele mundo fantasioso, mas chega certo momento que você nota que eles se empenharam tanto para isso que esqueceram completamente de contar uma história (chegaremos lá).
3 – Johnny Deep
Eu adoraria protegê-lo também, depois de tantas pessoas falando mal dele e das suas atuações repetitivas, mas agora não dá mais. Você tem que parar Johnny. Johnny virou um retardado nesse papel e acho que ele a Anne Hathaway tomaram o mesmo LSD, não é possível. Sua atuação é chata, cansativa e parece que ele quer parecer tão retardado como o Chapeleiro que parece uma criança tentando imitar o Willy Wonka da nova versão de “A Fantástica Fábrica de Chocolates”. É tão insuportável que te faz perder o foco de qualquer tentativa de história na outra camada.
4 – Roteiro
(A cara de quem leu o roteiro)
Depois de tudo isso, não é nenhuma novidade falar que o roteiro é um completo LIXO (eu odeio falar essa palavra, me desculpem). Primeiro, não existe história, não existe objetivo. Existe sim uma bela desculpa para tapar furos tipo aceitar uma família do Chapeleiro, uma desculpa para a Alice aparecer de volta. Além de não ter história, o filme te deixa dividido de uma péssima forma: você não sabe se o filme não tem vilão ou se o vilão é a própria Alice, que age de forma egoísta para salvar um amigo, e viaja no tempo desnecessariamente apenas para comprovar que o amigo estava certo. Em resumo: o filme se trata como a Alice quase destruiu o país das maravilhas só porque não ouviu o Chapeleiro. Que bela amiga heim?
Além disso, a única coisa boa que vale nessa tentativa de filme que mais parece um episodio ruim de algum desenho da Alice, é a boa atuação de Sacha Baron Cohen e meia dúzia de piadas engraçadas de coelhos e ratos carismáticos.
5 – Alice mais perdida do que nunca.
Não adianta, ATÉ QUE SE PROVE O CONTRÁRIO, Mia Wasikowska é uma atriz mediana, sem sal, que devia parar de fazer filmes grandes até aprender a atuar e convencer. Como Alice, ela é pobre de espírito, sem carisma e cansativa. Se o filme já é chato por si só, torna-se mais ainda com uma Alice que parece uma mimada que não mede as consequências das coisas que faz. Lamentável, para não repetir, já repetindo: péssimo.